As tatuagens são realmente uma arte crescente no Brasil. Andamos pelas ruas e vemos muitas pessoas tatuadas pelos mais diversos estilos e contextos. Porém, o que muitas vezes não percebemos é o quão invasivo à pele seus procedimentos são. E com eles, cuidados precisam ser tomados. Como a esterilização de equipamento de tatuagem!
O processo envolve alguns riscos biológicos, tendo em vista que alguns materiais entram em contato direto a pele e ao sangue dos clientes. A falta de cuidado pode render grandes problemas como a transmissão de doenças como o HIV, hepatite, herpes, entre outras.
A Anvisa tem o papel de traçar uma regulamentação para impor regras aos donos de estúdios. O objetivo é proteger a saúde dos clientes e também conscientizar os profissionais da área. E a grande maioria delas é bem simples de ser seguidas.
Temos os materiais considerados descartáveis, estes poderão ser usados apenas em um procedimento. Temos também os reutilizáveis, que até podem ser usados mais de uma vez, porém devem passar por uma esterilização completa para isso. Além disso, a desinfecção do ambiente e superfícies usadas na tatuagem é obrigatória.
Assim, hoje falaremos mais especificamente das medidas a serem tomadas para esterilizar os materiais reaproveitáveis. Está curioso? Bora lá então.
A esterilização de esquipamento de tatuagem reutilizável
Como já foi possível perceber, faz parte do trabalho do tatuador garantir que o material a ser usado em um novo procedimento esteja totalmente livre de infecções ou doenças. O processo de esterilização do equipamento irá garantir isso, matando todo e qualquer agente nos instrumentos e que possam causar algum problema.
Existem duas formas mais conhecidas de fazer a esterilização do material usado para tatuar, a partir de estufas ou de autoclaves. Na primeira opção, os materiais são colocados na estufa que usará vapor seco a 170 graus. Para garantir que o processo de esterilização realmente ocorra, é recomendável repeti-lo ao menos uma vez.
A autoclave usa de outro mecanismo, o calor úmido com pressão. Ele será capaz de matar os microorganismos. Ao contrário da técnica anterior, essa não precisa de repetição, por isso inclusive, é considerada a técnica mais segura de esterilização de equipamento de tatuagem dentre as duas.
Agora, quais devem ser os materiais esterilizados? Essa é uma boa pergunta e que rende algumas dúvidas a alguns profissionais. Porém, a resposta para ela é bem mais simples do que parece. Esterilize todos os materiais que serão usados, absolutamente todos. Agulhas, lâminas e biqueiras são alguns exemplos, mas não deixe passar nada. Alguns itens como já destacamos são reutilizáveis, logo, nestes casos esterilize-os após a realização da tatuagem. Por questão de higiene e cuidado, você não irá deixar o item sujo até o próximo procedimento né?
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E os materiais de tatuagem descartáveis?
Mesmo com todos os materiais esterilizados, ainda sim é necessário o uso de alguns equipamentos determinados pela Anvisa. É o caso de luvas, máscaras e demais itens descartáveis. Assim, podemos dar destaque maior para dois tipos de materiais: os de proteção própria para o tatuador e as agulhas usadas na ponta dos equipamentos.
Cada uma possui finalidade diferente ao analisarmos seu objetivo de proteção. Porém todas são de grande importância. Isso porque manter o ambiente propício para a realização da tatuagem será positivo tanto para o cliente quanto para o tatuador. Os riscos deste trabalho muitas vezes englobam questões biológicas, podendo causar problemas para ambos. Portanto, ser cuidadosa será uma via de mão dupla em prol da segurança de todos.
As agulhas usadas nas pontas das máquinas devem ser descartadas pelo simples fato de entrar em contato direto ao sangue do cliente. Reutilizar esse material seria um ato de grande irresponsabilidade por parte do tatuador. Doenças poderiam ser transmitidas, e caso comprovado, o profissional teria sérios problemas jurídicos. Podendo até ser preso, além do que, qualquer credibilidade no mercado terá ido por água abaixo. Ou seja, neste caso, o descarte destas agulhas visam a proteção dos clientes.
Já as luvas e máscaras, também conhecidas como materiais EPI, são para proteção do tatuador. Tendo em conta que por realizar um processo que envolve o sangue do cliente, ele irá entrar em contato com o mesmo.
Conclusão
Assim, estar atento a todos os pré-requisitos para abrir e manter seu estúdio de tatuagem é extremamente importante. Portanto, não dê “sopa para o azar”, invista em equipamentos de higiene e segurança e faça seu estúdio crescer atendendo seus clientes da melhor maneira possível. Até a próxima!